Tem momentos que entramos em um assustador período de sequidão espiritual, no qual pensamos que nada poderá nos salvar. Quase desistimos de lutar e ficamos como Jó que, num momento de quase que total desespero, disse: “Ainda hoje a minha queixa é de um revoltado, apesar de a minha mão reprimir o meu gemido. Ah! Se eu soubesse onde o poderia achar! Então, me chegaria ao seu tribunal. Exporia ante ele a minha causa, encheria a minha boca de argumentos. [...] Eis que, se me adianto, ali não está; se torno para trás, não o percebo. Se opera à esquerda, não o vejo; esconde-se à direita, e não o diviso.” (23:2-9)
Se você está se sentindo desta forma, busca Deus e só escuta o silêncio, se os seus ossos parecem ter se envelhecido pelos seus constantes gemidos, de dia e de noite, e seu vigor se tornou como sequidão de estio (Sm 32:3-4). Se você tem buscado uma saída e, não importa o que te digam, nada parece mudar a situação, bem vindo, você está no deserto. E isso pode ser a melhor coisa que te aconteceu, ou o seu pior pesadelo. Tudo vai depender de como você irá lidar com esta situação.
Quando Deus tirou o seu povo do Egito, não o fez flutuar sobre o deserto, nem o conduziu por algum atalho e muito menos diminuiu o calor do deserto. Ele poderia ter feito isso, mas não o fez! Deus poderia mudar uma situação de aflição, dor e sofrimento num estalar de dedos, mas saiba que Ele tem motivos que a própria razão desconhece para permitir que um filho Seu continue no deserto.